Abandonar consumo de leite pode gerar economia de água equivalente a 328 banhos por ano

A estimativa se baseia em uma média de consumo médio de 82 litros de leite por ano (Foto: Jo-Anne McArthur/We Animals)

De acordo com a Humane Society International, abandonar o consumo de leite pode gerar economia de água equivalente a 328 banhos por ano. A estimativa baseia-se em uma média de consumo médio de 82 litros de leite por ano. Sendo assim, 328 banhos é a quantidade de água que alguém pode economizar ao abdicar desse consumo e, por exemplo, optar pelo leite de soja.

A pesquisa considera o uso de água em toda a cadeia produtiva – o que inclui a criação e alimentação de animais com essa finalidade, além do uso de água em outros processos, incluindo a industrialização do leite enquanto produto.

O leite de aveia também demanda bem menos água do que o leite de vaca. Os leites de amêndoas e arroz também são econômicos em comparação com o leite de origem animal. No entanto, perdem em economia para os leites de soja e aveia, segundo a HSI.

Ademais, pesquisa liderada pelo pesquisador Joseph Poore, da Universidade de Oxford, e publicada na revista Science, com base em dados de 40 mil fazendas de 119 países, aponta que a produção de um copo de leite de vaca gera até três vezes mais emissões de gases do efeito estufa do que a produção de um copo de leite de origem vegetal, o que favorece o aquecimento global.

Vale lembrar também que no ano passado uma pesquisa encomendada junto à Universidade de Edimburgo, na Escócia, revelou que aproximadamente 121 milhões de toneladas de leite são desperdiçadas globalmente.

Enquanto mais de 870 milhões de pessoas passam fome no mundo, com uma média de subnutrição chegando a 12,5% da população mundial, 55 milhões de toneladas de leite são descartadas no processo mensal de produção e distribuição de laticínios.

A ineficiência vai um pouco além quando se trata de varejistas e consumidores, porque nesse caso o desperdício pode chegar a 66 milhões de toneladas de leite. O que surpreende também é que mesmo quando há queda no consumo de laticínios, a indústria insiste em produzir muito mais do que é capaz de vender.

Em alguns países, quando isso acontece, o grande volume pode ser até mesmo descartado em decorrência de preços baixos.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *