Acusações contra ativista que libertou leitão de uma fazenda no Canadá são retiradas

“As fazendas familiares não são mais adoráveis empreendimentos. São grandes galpões brancos abarrotados de animais” (Foto: DxE Ontario)

Membro da organização Direct Action Everywhere (DxE), a ativista vegana Jenny McQueen teve uma surpresa quando chegou a um tribunal de Ontário, no Canadá, esta semana para participar de uma audiência em que ela era acusada de invasão de propriedade e danos materiais – todas as acusações foram retiradas.

“Embora seja uma vitória para o ativismo animal, não é uma vitória tão grande para os porcos e para todos os animais no Canadá e em todo o mundo que estão confinados atrás dos muros das fazendas industriais”, comentou Jenny, segundo a CTV News.

A ação foi ajuizada depois que Jenny entrou em uma propriedade da Adare Pork, ao norte de Lucan, descrevendo as más e cruéis condições em que vivem os porcos. No vídeo, a ativista do DxE Ontario liberta um dos leitões da propriedade, em um ato simbólico pela libertação animal.

“As fazendas familiares não são mais adoráveis empreendimentos. São grandes galpões brancos abarrotados de animais”, diz Jenny McQueen no vídeo. Antes de partir, ela e outros ativistas deixaram flores na entrada da fazenda.

A conhecida ativista canadense Anita Krajnc também foi ao tribunal apoiar Jenny, assim como mais de uma dúzia de pessoas. “O público tem muito poder. Eles são consumidores, por isso, se começarem a consumir alimentos à base de vegetais, não estarão contribuindo com o sofrimento”, disse Anita.

A gerente de comunicações da Ontario Pork, entidade que representa os produtores de porcos de Ontário, Stacey Ash, declarou que, para quem valoriza a propriedade privada, é inadmissível que um processo como esse não tenha ido adiante. Também defendeu que a organização preza por altos padrões de criação de animais.

Por outro lado, o advogado da ativista Jenny McQueen, Gary Grill, revelou à CTV News que os ativistas dos direitos animais vão continuar sacrificando suas vidas e suas liberdades para que a mensagem chegue ao público em geral – já que o objetivo é mudar a mente das pessoas. E a mídia social tem um grande papel nesse trabalho porque permite que os ativistas publiquem e transmitam suas ações.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *