Alissa White-Gluz: “Seria difícil não ser vegana”

“Sempre fui vegetariana, e ser vegana foi o próximo passo lógico [em 1999]” (Imagens: Pixabay/Duke TV)

Vocalista da banda sueca de death metal Arch Enemy, a canadense Alissa White-Gluz nasceu vegetariana. Ainda muito cedo, ela aprendeu que alimentos de origem animal significam exploração de seres sencientes.

“Sempre fui vegetariana, e ser vegana foi o próximo passo lógico [em 1999]. E sobre ser straight edge, bem, se eu me importo o suficiente com a minha vida em geral, por que eu iria querer envenenar o próprio veículo que me permitiu viver – meu corpo?”, disse em entrevista ao Metal Horizons em abril de 2013.

Em junho de 2014, ela participou de um vídeo da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) em que foi questionada se era difícil ser vegana. “Absolutamente, não. Seria difícil não ser vegana”, respondeu e acrescentou que a razão pela qual ela é tão entusiasmada com o veganismo é porque é uma forma de beneficiar os animais, o meio ambiente, os seres humanos e a sua própria saúde. “Fico feliz em ajudar qualquer pessoa interessada”, declarou.

Para quem tem dificuldade em perceber o que existe de positivo em ser vegano, a vocalista do Arch Enemy e ex-vocalista do The Agonist (2004-2014) pede que as pessoas façam uma pesquisa na internet quando tiverem algum tempo disponível. “Os fatos estão lá, é apenas uma questão de aceitar a realidade e ser parte da solução em vez do problema”, afirmou à PETA.

Na definição de Alissa, ser vegano é fazer um esforço consciente para se certificar de não contribuir com a exploração animal, o que inclui não comprar produtos como alimentos, vestuário e  cosméticos – entre outros que envolvam privação, sofrimento e morte de animais. “Sou vegana porque sei que é possível ter uma vida feliz e saudável sem prejudicar ninguém”, justificou em entrevista publicada pela Revolver Mag em 31 de dezembro de 2014.

“Tenho grande interesse em direitos animais”

Ela também qualifica o veganismo como o grande motivador de tudo que ela faz em sua vida; um catalisador para a sua paixão pela música e por escrever letras. Ter alcançado um certo nível de notoriedade é visto por Alissa como um grande presente, porque dessa forma ela pode compartilhar informações com o seu público que não são divulgadas pela grande mídia.

“Tenho grande interesse em direitos animais, então compartilho o que é do meu interesse. Não espero que todos virem veganos da noite para o dia, e não espero que ninguém seja perfeito. Mas se for possível despertar um pouquinho de consciência, mesmo algo tão simples como alguém evitando carne uma vez por semana ou não comprando cosméticos testados em animais, ou optando por peles falsas em vez de peles de verdade, isso seria uma grande vitória para mim”, enfatizou em entrevista publicada pelo Brave Words em 25 de março de 2013.

Ela também vê como positivo o crescimento do veganismo no cenário do heavy metal. Cita como exemplo o fato de estar se tornando difícil encontrar uma banda de metal que não tenha pelo menos um vegetariano ou vegano. Segundo Alissa White-Gluz, todos estamos presos em um estado coletivo de condicionamento, mas que se abrirmos os nossos olhos para a realidade, como a que envolve a exploração animal, imediatamente começaremos a nossa fuga.

É justamente por isso que Alissa e os outros membros da banda de death metal canadense The Agonist chamavam seus fãs de “Prisoners” ou “Prisioneiros” – porque somos pessoas em necessidade de despertar. “Você não tem que ser parte do sistema e parte da crueldade [contra os animais]. Você pode trabalhar contra isso”, recomendou em entrevista ao Brave Words.

“Tenho sido vegana desde antes de fazer metal. Então isso é 100% do que sou e está 100% gravado na minha personalidade. Sou uma ativista dos direitos animais e dos direitos humanos, mas, você sabe, eu também sou uma musicista. Então, quando se trata de letras, é claro, me expresso sobre isso. Mas é um campo diferente. Música é arte, e eu acho legal incluir uma mensagem dentro da arte, mas não é a única coisa em que penso quando estou interpretando ou escrevendo”, revelou ao Metal Inside em entrevista publicada em 29 de maio de 2014.

Saiba Mais

Alissa White-Gluz, que é vegana desde 1999, nasceu em 31 de julho de 1985 em Montreal, no Canadá.

Ela é membro-fundadora da banda canadense The Agonist, com quem gravou os álbuns “Once Only Imagined, de 2007; “Lullabies for the Dormant Mind”, de 2009; e “Prisoners”, de 2012.

Com o Arch Enemy, Alissa gravou o álbum “War Eternal”, de 2014; o EP “Stolen Life”, de 2015; e o álbum “Will to Power”, de 2017.

Ela incentivou o namorado Doyle Wolfgang Von Frankenstein, guitarrista do Misfits, a tornar-se vegano.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

4 respostas

    1. Sim, uma das mulheres mais bonitos do metal, canta bem, consciente quanto à questão dos animais. Que Dole Wolfgang cuide bem dela por muitos e muitos anos. As mulheres merecem!

  1. Sim, uma das mulheres mais bonitos do metal, canta bem, consciente quanto à questão dos animais. Que Dole Wolfgang cuide bem dela por muitos e muitos anos. As mulheres merecem!

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