De acordo com o jornal alemão Die Welt de hoje, o Beyond Burger, da Beyond Meat, há pouco tempo chegou às três mil unidades da rede de supermercados Lidl e já está fora de estoque.
Isso revela a tendência crescente por alternativas à carne na Alemanha e mostra que a Lidl subestimou o interesse do consumidor por esse tipo de produto – atraindo reclamações de muitos consumidores que “também querem entrar na era sem carne”, segundo a publicação.
Também diz muito também sobre as mudanças nos hábitos dos consumidores, ainda mais considerando que uma pesquisa global de mercado realizada pela Mintel no ano passado apontou a Alemanha como líder no lançamento de produtos sem ingredientes de origem animal.
Ainda assim, a Alemanha não apenas produz como também está importando produtos de outros países – como é o caso das alternativas à carne da Beyond Meat, dos Estados Unidos. Só de julho de 2013 a junho de 2018, o país o número de veganos no país teve crescimento de 240%.
Outro fato interessante e digno de menção é que a antiga Federação Vegetariana da Alemanha, atual ProVeg International, sediada em Berlim, inaugurou em novembro uma incubadora para dar suporte a quem quer investir no mercado de produtos vegetarianos e veganos.
A iniciativa é coordenada por Sebastian Joy, CEO e fundador da ProVeg, e por Jan Bredack, fundador da rede vegana de supermercados Veganz, além de outros empresários e investidores do mercado vegetariano e vegano.
“Muitas empresas iniciantes que querem atender à crescente demanda por novos produtos de origem vegetal acham difícil entrar nesse mercado. Muitas vezes há falta de recursos financeiros, know-how econômico ou infraestrutura”, informa Sebastian Joy.
E acrescenta: “Por isso, a Incubadora ProVeg oferece suporte a empresas iniciantes no desenvolvimento de seus produtos e em todas as etapas do processo de entrada no mercado.”
Iniciativas como essa mostram que não é por acaso que atualmente a Alemanha é o país que mais lança produtos veganos no mundo. Segundo a ProVeg, somente em Berlim, mais de 40 mil startups surgem a cada ano. Esse senso de união, inovação, contribuição e coletividade talvez seja o que falte em outros países para que mais empreendedores possam prosperar nesse mercado.