Clube de corredores veganos é o que mais cresce no Reino Unido

O clube de corredores veganos Vegan Runners é o que mais cresce no Reino Unido. Fundado em 2004 pela maratonista Fiona Oakes, o clube hoje conta com quase 4,5 mil membros. De novembro de 2022 para cá, quase 1,4 mil corredores ingressaram no clube.

“Agradecemos a todos os corredores incríveis que escolheram o veganismo e ajudam a tornar este mundo um lugar melhor”, diz Lina Ambruleviciute, do Vegan Runners.

“Vegan Runners é um clube de atletismo cheio de corredores compassivos de todos os níveis de habilidade. Promovemos um estilo de vida saudável, que garante melhor desempenho e que é livre de crueldade.”

Sem fins lucrativos, o clube também tem o propósito de ajudar corredores que querem fazer a transição para o veganismo e veganos que desejam se tornar corredores.

“Organizamos encontros locais para treinamento, atividades sociais, corridas e apoiamos boas causas. Vegan Runners é uma família que compartilha um vínculo de amor um pelo outro, por nossos companheiros animais e nosso lindo planeta.”

O clube surgiu com o claro objetivo de promover o veganismo no contexto do esporte. “A associação é aberta a qualquer pessoa vegana que tenha interesse em correr em um ambiente amigável e solidário.”

Hoje o Vegan Runners é o maior clube de parkrun do Reino Unido. “Ser o maior clube envia também uma forte mensagem para o mundo e para a sociedade”, avalia Lina Ambruleviciute.

Quem é Fiona Oakes?

Em 2018, Fiona Oakes foi protagonista do documentário “Running for Good”, do diretor Keegan Kuhn (de ‘Cowspiracy’ e ‘What the Health’) e do produtor James Cromwell (mais conhecido no Brasil por seus personagens nos filmes ‘Babe’ e ‘À Espera de um Milagre’). A atleta foi acompanhada na chamada “corrida mais difícil da Terra”, a Maratona Des Sables, de 250 quilômetros no Saara.

Ela já participou de maratonas em todos os continentes. O documentário destaca que suas realizações são ainda mais surpreendentes porque ela foi informada aos 14 anos que nunca mais andaria corretamente, muito menos poderia correr. Ela passou por mais de 17 delicadas cirurgias no joelho, o que fez com que toda a rótula direita fosse removida. O processo foi agonizante, e a reabilitação ainda pior, segundo o filme.

A maior motivação de Fiona em correr é o desejo de aumentar a conscientização sobre a exploração animal. Com os prêmios conquistados em maratonas, ela também financia o seu santuário onde abriga mais de 450 animais de diferentes espécies.

Fiona Oakes, que detém vários recordes em maratonas, é a mulher mais rápida a concluir uma meia maratona vestindo uma fantasia. Ela garantiu esse recorde completando em uma hora e 32 minutos o percurso da Meia Maratona de Tromso, na Noruega, em 2018.

O recorde surpreendeu porque a prova foi dificultada pela chuva e por ventos de até 32 quilômetros por hora. Fiona ainda suportou o peso de uma fantasia encharcada e gelada. “Foi muito desconfortável, mas não tão ruim quanto é para tantos animais, humanos e não humanos, que sofrem a cada dia de suas terríveis existências”, argumenta.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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