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Consumo de carne é um dos fatores que pode elevar casos de câncer de intestino no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o consumo de carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet, entre outros, pode aumentar a chance de desenvolvimento de câncer.

O Inca estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Só em 2018, as despesas da União com câncer de intestino (colorretal) associadas ao consumo de carne processada foram de R$ 28 milhões e de R$ 19 milhões em relação ao elevado consumo de carne vermelha.

Outras despesas estão vinculadas ao baixo consumo de fibras, atividade física insuficiente, consumo de bebidas alcoólicas e excesso de peso.

O consumo de carne processada e o elevado consumo de carne ficaram em segundo e terceiro lugar entre os maiores gastos associados ao câncer colorretal, segundo o Inca.

Nesse ritmo, a estimativa é de que as despesas que somaram R$ 160 milhões em 2018 cheguem a R$ 395 milhões até 2030. Ou seja, muito mais do que o dobro – quase 147% de aumento.

O consumo de carne processada e o elevado consumo de carne vermelha também já foram associados a outras doenças, incluindo cardiovasculares.

Por outro lado, uma dieta sem carne tem sido considerada aliada de quem tem diabetes, artrite reumatoide e problemas cardíacos, além de poder contribuir para a prevenção desses problemas e da redução do declínio cognitivo, de acordo com um crescente número de estudos.

Neste mês de dezembro, por exemplo, a Associação Médica Americana publicou em seu periódico Jama Neurology um estudo associando o consumo de alimentos ultraprocessados, também incluindo carnes, com declínio cognitivo.

“As descobertas sugerem que limitar o consumo de alimentos ultraprocessados pode estar associado à redução do declínio cognitivo em adultos de meia-idade e idosos.”

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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