Quando um consumidor compra um peixe, dificilmente ele se questiona sobre a origem do animal. A maior preocupação costuma ser se o peixe, reduzido a produto, “está bem fresco”. É isso que importa em uma perspectiva de consumo.
No entanto, o processo que envolve a captura e abate de um peixe que chegará ao prato de um ou mais consumidores pode estar associado também a morte de outros animais.
De acordo com informações da organização Proteção Animal Mundial, em relação à pesca comercial que ocorre nos mares, os métodos de captura de peixes podem provocar também a morte de focas, golfinhos, tartarugas, tubarões e baleias.
“Estima-se que cerca de 40% de todos os animais capturados nos mares todos os anos sejam apanhados por acidente nas redes de pesca. Esse problema, conhecido como “captura acidental” é uma das maiores ameaças aos oceanos”, informa a entidade.
Intenso sofrimento e declínio da vida marinha
O termo “captura acidental” pode não parecer trágico para quem desconhece suas consequências, mas a realidade é bem diferente.
“Além de causar um intenso sofrimento aos animais que, muitas vezes, sofrem mutilações ou morrem afogados presos às redes, a captura acidental está contribuindo para um declínio dramático da vida marinha”, destaca a organização.
E reforça: “Redes, linhas e armações não matam os animais apenas quando são jogadas ao mar durante a pesca. Todos os anos, cerca de 640 mil toneladas de equipamentos são perdidos ou descartados nos oceanos, causando ferimentos e a morte dolorosa de centenas de milhares de animais.”
Campanha no Brasil
Para chamar a atenção para essa realidade neste mês de dezembro, o Brasil conta com uma campanha do VIVA Instituto Verde Azul, realizada em parcerias com diversas organizações, o que inclui realização de palestras, oficinas e atividades para crianças.
“Os mamíferos aquáticos são capturados acidentalmente em redes de pesca e, por não se tratarem da espécie alvo de interesse da operação pesqueira, são descartados”, explica o instituto.
E acrescenta: “Essas redes são fixadas em determinados locais e retiradas após longos períodos de espera, se tornando barreiras físicas para cetáceos e outras espécies aquáticas, que se enroscam na rede e com a tentativa de fuga acabam ainda mais emaranhados, podendo morrer por asfixia, afogamento, trauma, lacerações e amputações de membros e inanição.”
Uma resposta
Que realidade revoltante é muito indigno saber que essas coisas ocorrem! Como a nossa espécie pode ser tão desonrada? O João pretexto da evolução do poder da inteligência para destruir tudo! E acha que reconstruindo de novo vai resolver todos os problemas!, E pior, acham que vão reconstruir um mundo melhor?! Que lástima!