Nos EUA é crescente o número de frigoríficos interrompendo atividades em decorrência do coronavírus, e alguns pertencem a grandes empresas brasileiras como JBS e Marfrig.
No Brasil, com 25,2 mil casos confirmados de covid-19, a situação ainda é considerada “diferente”, mas há previsão de mudanças conforme os casos da doença forem aumentando ainda mais, com base nas previsões de pico da doença – como aconteceu nos EUA.
Cenário de apreensão já foi instaurado
Ainda assim, o cenário de apreensão já foi instaurado. Prova disso é que somente em março JBS e Marfrig anunciaram suspensão de atividades em seis unidades de processamento de carne no Brasil.
Já nos EUA, a Marfrig se viu obrigada a interromper neste mês de abril o abate de animais em um de seus frigoríficos sob a subsidiária National Beef em Tama, no estado de Iowa, conforme divulgado pela própria empresa e também pela Reuters.
A decisão veio depois que inúmeros funcionários foram identificados com o coronavírus – o que significa que muitos outros funcionários podem estar infectados.
JBS fecha frigorífico na Pensilvânia
A JBS também fechou um frigorífico em Souderton, na Pensilvânia. Nos EUA, apenas esta semana já houve confirmação também do fechamento de um frigorífico da Aurora Packing em Illinois; da Cargill na Pensilvânia; da Tyson Foods em Iowa; e da Sanderson Farms na Geórgia.
A situação é a mesma na Smithfield Foods, maior indústria de carne suína do mundo que teve casos confirmados no frigorífico de Sioux Falls, na Dakota do Sul.
No Brasil, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) antecipou em março que já é esperada uma redução de pelo menos 20% da demanda por carne em território nacional em consequência do coronavírus.