A Dean Foods é a segunda maior indústria leiteira dos Estados Unidos, atrás apenas da Nestlé. Em 2002, a indústria sediada em Dallas, no Texas, já era proprietária da Silk, a mais famosa marca de leites vegetais da América do Norte e também a maior compradora de soja orgânica dos EUA.
Até então a produção da Silk era totalmente baseada em soja, até que em 2010 surgiu a oferta de outras opções – amêndoas, coco, castanha-de-caju, etc. O rápido retorno fez com que a Dean Foods investisse cada vez mais nesse mercado. Para se ter uma ideia, a empresa comprou a Silk por menos de 300 milhões de dólares em 2002; e em 2005, no período de um ano, vendeu mais de 350 milhões de dólares em alimentos não lácteos.
Em 2013, a WhiteWave Foods, subsidiária que comandava a Silk, se tornou independente, se separando da Dean Foods. A independência não durou muito. Em julho de 2016, a francesa Danone anunciou a compra da WhiteWave Foods por 10,4 bilhões de dólares, aquisição que só foi concluída em abril do ano passado.
Preocupada em ficar fora do mercado de alternativas vegetais, a Dean Foods se tornou acionista majoritária da Good Karma Foods, uma das promissoras concorrentes da marca Silk, segundo o jornal Food Business News. A competição é considerada positiva porque favorece o preço dos leites vegetais e dos iogurtes vegetais ao mesmo tempo em que os laticínios amargam queda nos EUA.
O diretor executivo da Dean Foods, Ralph P. Scozzafava, disse no último dia 7 que vão investir “pesado” na Good Karma e na fabricação de alternativas vegetais, considerando o crescente desinteresse por produtos lácteos na América do Norte. “Achamos que a Good Karma é uma plataforma para nós. E vou lembrar a todos que estiveram aqui, lembre-se de quão pequena era a Silk quando trouxemos a marca para a empresa muitos anos atrás”, declarou Scozzafava, deixando claro que o compromisso é tornar a Good Karma tão popular e conhecida quanto a Silk.
Este ano, a Dean Foods encerrou contrato com dezenas de fazendas leiteiras do estado da Pensilvânia para redirecionar investimentos para o mercado de alternativas aos laticínios.