Neste sábado (28) é celebrado o Dia Mundial pelo Fim do Especismo, data que destaca a importância do veganismo como meio de combate à exploração de animais para consumo, entretenimento, transporte ou qualquer outra finalidade.
Cunhado pelo psicólogo britânico Richard D. Ryder em 1970, o termo especismo se refere a uma forma de discriminação que se baseia no fato de que por considerar outros seres sencientes inferiores o ser humano ignora seus interesses em não sofrer.
Afinal, se não fosse pela crença de que podemos usar os animais como quisermos, não ponderando sobre o mal que causamos às outras espécies, não teriam sido mortos nos matadouros do Brasil, por exemplo, 6,037 bilhões de frangos, suínos e bovinos somente em 2020, conforme dados coletados pela Vegazeta junto ao IBGE.
Sem dúvida, um número já elevado, que equivale a 28 vezes a população brasileira em quantidade de indivíduos, e sem considerar outros animais, como os peixes – que são as maiores vítimas do sistema alimentar global.
É chocante saber que o Brasil manteve uma média mensal de 503 milhões de animais abatidos em 2020 – chegando a 16,76 milhões por dia e mais de 698 mil por hora. Para não fortalecer essa cadeia de violência nem contribuir com sua manutenção é preciso despertar para o imperativo moral que preconiza o veganismo.
Sempre podemos mudar
Ou seja, rejeitar a ideia de que animais são produtos, bens móveis, meios para um fim e não devem ser considerados moralmente. Afinal, se fossem, não seriam explorados nem mortos em nosso benefício. Se isso acontece é porque não os reconhecemos como sujeitos de uma vida, como já ressaltava o filósofo moral Tom Regan.
Mas sempre podemos mudar e apresentar razões para motivar os outros a fazerem o mesmo – o que também justifica a existência das manifestações globais do Dia Mundial pelo Fim do Especismo.
E claro, benefícios não faltam para ser vegano, já que estender empatia e respeito a outras espécies, incluindo-as em nosso círculo moral, além de beneficiá-las, contribui com a diminuição do impacto gerado no planeta por meio da agropecuária e da pesca comercial.
No Brasil, manifestações do Dia Mundial pelo Fim do Especismo foram confirmadas para o domingo (29) no Rio de Janeiro e em São Paulo pelos grupos Direct Action Everywhere (DxE) e Vozes em Luto.
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