Dietas ricas em vegetais podem reduzir prejuízos ambientais em R$ 7,7 trilhões

“Nossos resultados indicam que as mudanças na dieta podem ter grandes benefícios para a sociedade” (Fotos: iStock/Greenpeace)

O custo ambiental do atual sistema alimentar é mais caro do que a maioria da população pode imaginar, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford publicado na revista científica PNAS. 

O trabalho realizado por pesquisadores do Programa Oxford Martin revela que o impacto ambiental da produção de alimentos poderia ser reduzido drasticamente se a população mundial adotasse dietas ricas em vegetais.

Segundo o coordenador da pesquisa, Marco Springmann, isso poderia significar uma redução de prejuízos ambientais equivalente a mais de R$ 7,7 trilhões, embora deixe claro que é difícil uma específica atribuição de valor, já que nem tudo é recuperável.

Além disso, a mudança para dietas mais ricas em vegetais salvaria mais de oito milhões de vidas humanas até 2050 e reduziria as emissões de gases de efeito estufa em dois terços.

Redução de 70% do impacto associado à alimentação 

A conclusão é baseada na previsão de que até lá as emissões associadas à alimentação serão responsáveis por pelo menos metade das emissões mundiais.

Ao destacar que nossos hábitos influenciam muito nossa saúde e o meio ambiente global, a pesquisa qualifica a dieta à base de vegetais, ou seja, livre de alimentos de origem animal, como capaz de reduzir o impacto associado à alimentação em 70%.

“Nossos resultados indicam que as mudanças na dieta podem ter grandes benefícios para a sociedade, e o valor desses benefícios justifica o aumento dos gastos públicos e privados em programas que visam favorecer dietas mais saudáveis ​​e ambientalmente sustentáveis”, avalia Marco Springmann.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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