Impossible Foods promete leite idêntico ao de vaca

Produto reage da mesma forma que o leite de vaca quando misturado ao café (Imagem: Divulgação/Impossible Foods)

A Impossible Foods, dos EUA, anunciou nesta terça-feira (20) que está desenvolvendo uma alternativa ao leite que será idêntica ao de vaca, embora não tenha revelado se está utilizando vegetais ou se o processo é baseado em fermentação microbiológica. A prioridade da foodtech é lançar um produto que tenha a textura e o sabor do leite convencional, além de um ganho em funcionalidade.

Segundo a Impossible, que está entrando no mesmo mercado que a foodtech Perfect Day Foods, o maior indicativo de que estão no caminho certo é que o produto que está em fase de desenvolvimento reage da mesma forma que o leite de vaca quando misturado ao café, reação que costuma ser diferente a partir da combinação com as alternativas vegetais disponíveis no mercado.

O que tem permitido a Impossible Foods expandir a diversidade de oferta de produtos é que hoje a empresa está avaliada em mais de R$ 22,2 bilhões – como resultado de grandes investimentos que a foodtech tem recebido desde o início em 2011.

Meta é substituir animais como alimentos até 2035

Para ampliar a penetração de seus produtos, a Impossible vem multiplicando o número de parcerias com redes de supermercados e de fast food, além de aumentar sua atuação no setor de food service, que tem sido um dos preferidos das empresas que produzem versões vegetais de alimentos de origem animal com fins de alcançar um número maior de consumidores.

Em março, o CEO Patrick O. Brown declarou em entrevista ao site de finanças MarketWatch que irão substituir animais como alimentos em menos de duas décadas.

Brown é da opinião de que criando alternativas para todos os tipos de alimentos de origem animal mais consumidos que estão no mercado global hoje, e com sabor, textura e preço que conquistem o consumidor, não haverá mais motivos para as pessoas continuarem se alimentando de animais – nem mesmo aquelas que não se imaginam abdicando desse consumo – e esta é a meta até 2035.

 

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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