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Ingrediente para alternativas à carne, proteína de algas pode ter custo reduzido em 90%

Foto: Brevel/Divulgação

Reconhecendo que os custos de produção são determinantes para a oferta de preços atrativos aos consumidores, principalmente quando o objetivo é desenvolver produtos que sejam alternativas às opções de origem animal, a Brevel, uma startup de Israel, anunciou esta semana que arrecadou US$ 8,4 milhões por meio de uma rodada de financiamento para ajudar a reduzir em 90% os custos de produção da proteína de microalgas.

“Pela primeira vez, a Brevel fornecerá uma solução verdadeiramente sustentável que não é apenas saborosa e combina perfeitamente com diferentes aplicações em produtos alimentícios para aumentar o valor nutricional, mas também tem um custo acessível que a coloca no caminho da adoção em escala global”, diz o CEO e cofundador da Brevel, Yonatan Golan.

A tecnologia é baseada em um processo de fermentação de microalgas que utiliza açúcar e luz, o que, segundo Golan, pode reduzir o custo de produção da proteína de microalgas em 90%, tornando-a competitiva em comparação também com a proteína de ervilha e de soja.

“Já no quarto trimestre de 2022, a primeira fábrica comercial da Brevel fornecerá uma solução que a indústria alimentícia está esperando há muito tempo.”

De acordo com Yonatan Golan, a microalga é uma das fontes de proteínas mais sustentáveis. No entanto, quem está investindo na alternativa tem enfrentado barreiras não apenas por causa do custo, mas também em relação ao sabor – outro desafio que a startup afirma ter resolvido ao neutralizar o gosto das microalgas, além da cor.

“A Brevel fornecerá uma solução verdadeiramente sustentável”, reforça o CEO. O mais recente investimento recebido pela startup é proveniente de empresas de venture capital como a FoodHack, Good Startup VC, Tet Ventures e Nevateam Ventures.

A Brevel também já recebeu recursos do programa Horizonte 2020, da União Europeia e da Autoridade de Inovação de Israel. A nova instalação, segundo a empresa, permitirá dimensionar sua tecnologia proprietária e aprimorar suas capacidades de P&D.

Um dos destaques da New Food Conference de 2021, o cientista Jean Paul Cadoret, diretor científico da Algama e presidente da Associação Europeia de Biomassa de Algas, diz que as algas são potencialmente uma fonte inesgotável de proteínas.

Cadoret defende que a partir do cultivo sustentável, o que inclui a demanda por poucos recursos naturais, esses organismos podem ajudar na reforma do atual sistema alimentar que vem gerando enorme impacto ambiental principalmente em consequência da produção de alimentos de origem animal.

Além do mercado de alternativas à carne, as microalgas também têm potencial para a produção de alternativas aos laticínios.

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Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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