O governo de Israel declarou esta semana que as “proteínas alternativas são uma prioridade nacional”. Sobre o anúncio, o vice-presidente do Good Food Institute (GFI) Israel, Alla Voldman-Rentzer, disse que a decisão favorece Israel à luz das tendências globais que consideram as crises climática e alimentar.
Segundo o Ministério da Inovação, Ciência e Tecnologia, serão alocados recursos para planos nacionais e bolsas de pesquisas com o objetivo de elevar o desenvolvimento e produção de proteínas alternativas em Israel.
Atualmente o GFI Europa está reivindicando que a União Europeia estabeleça as proteínas alternativas como uma prioridade.
“Com um investimento sério em pesquisa de acesso aberto, poderíamos liderar o mundo em carne cultivada e à base de vegetais”, diz Acacia Smith, do GFI Europa, acrescentando que os países que não tratarem as proteínas alternativas como prioridade ficarão para trás.
De acordo com um relatório GFI publicado recentemente, o setor de proteínas alternativas em Israel cresceu 160% em 2022. Os números resultam da comparação do primeiro semestre de 2022 com o mesmo período de 2021.
Dados adicionais colocam Israel em primeiro lugar no mundo com 22% dos investimentos globais em proteínas à base de vegetais e em segundo lugar no mundo (depois dos EUA) com 38% dos investimentos globais em proteínas derivadas de fermentação.
“No entanto, para manter sua vantagem, Israel precisa construir a infraestrutura apropriada e financiar mais pesquisas no campo. A importância das proteínas alternativas decorre da necessidade de produzir uma indústria global de alimentos que possa responder aos grandes desafios da humanidade, que incluem: o aumento esperado da população mundial, a crise climática, a crise alimentar global e a prevenção dos danos ambientais causados pela agricultura industrial”, comentou Alla Voldman-Rentzer sobre a decisão do governo.
As outras áreas quatro áreas priorizadas pelo ministério são: bioconvergência, aquicultura, energia renovável e armazenamento de energia e espaço.
