Mais de cem ONGs acusam Conselho da Amazônia de contribuição nula na defesa do meio ambiente

“Deveria apresentar ao país algum plano para a diminuição do desmatamento, do crime ambiental, da grilagem e das queimadas” (Araquém de Alcântara/WWF-Brasil)

Esta semana, mais de cem ONGs assinaram uma carta aberta em que acusam o governo federal de querer controlar entidades atuantes na região amazônica. Também qualificaram a contribuição do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão, como nula na defesa do meio ambiente.

“O Conselho Nacional da Amazônia Legal, colegiado inepto, sem participação social e de resultado quase nulo na defesa da floresta, deveria apresentar ao país algum plano para a diminuição do desmatamento, do crime ambiental, da grilagem e das queimadas. Ao invés disso, o que vemos é a confecção de um plano para silenciar os críticos ao governo e para sufocar a democracia”, criticaram.

Na carta assinada por ONGs como a WWF-Brasil, Greenpeace Brasil, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Imazon, 350.org Brasil, Instituto Climainfo e Instituto Igarapé, entre muitas outras, consta que “sob Bolsonaro, a democracia, assim como as florestas e seus habitantes, corre enormes riscos.”

A carta foi publicada depois que o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem em que destaca, alegando ter como base documentos oficiais do Conselho da Amazônia, que uma das metas do governo até 2022 é ter total controle das ONGs que atuam na região da Amazônia. O objetivo seria criar um marco regulatório da atuação dessas entidades.

Clique aqui para ler a carta na íntegra.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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