Matança de bovinos cresce no Brasil

Foto: Aitor Garmendia

De acordo com novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil matou 7,38 milhões de bovinos no segundo trimestre de 2022. Ou seja, 2,46 milhões por mês. Isso significa um crescimento de 5,7% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 3,5% em relação ao mesmo período de 2021.

O abate de bovinos aumentou em 19 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Paraná e Maranhão. Por outro lado, diminuiu em Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Rio Grande do Sul e Acre.

Ainda assim, Mato Grosso, que não por acaso ocupa o terceiro lugar entre os estados que mais desmatam no Brasil, continua liderando a matança de bovinos, respondendo por 15% da criação desses animais, seguido por São Paulo (12%), Mato Grosso do Sul (11,3%) e Minas Gerais (10,3%).

O total e os percentuais levam em conta somente animais que passaram por algum tipo de inspeção sanitária. Vale lembrar que o Brasil hoje tem um rebanho bovino (224,6 milhões) que supera sua população humana em número de indivíduos (215 milhões).

Talvez você possa se perguntar como ocorre o abate. Primeiro, os animais são descarregados pelos currais de recepção. Depois passam por um processo de lavagem também conhecido como banho de aspersão – que permite a chamada “esfola higiênica”, um eufemismo. Então são mantidos em uma rampa até a secagem da pele.

Na sequência, são colocados em boxes e submetidos à marreta pneumática ou pistola pneumática. Ou seja, um violento disparo contra o crânio e que atinja diretamente o cérebro do animal, visando deixá-lo atordoado. Depois os bovinos são pendurados e degolados.

Vômitos também são comuns antes da sangria, quando os grandes vasos sanguíneos do pescoço do bovino são cortados. Nessa etapa, cada animal perde de 15 a 20 litros de sangue. A morte ocorre por falta de oxigenação no cérebro.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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