Miley Cyrus diz que deixou de ser vegana para melhorar atividade cerebral

Em entrevista publicada ontem (2) no canal Joe Rogan Experience, a cantora e atriz Miley Cyrus disse que deixou de ser vegana porque “seu cérebro não funcionava direito” e acrescentou que se tornou pescetariana – o que significa que peixes e “frutos do mar” fazem parte de sua dieta.

Segundo Miley, “essa é a dieta ao qual seu cérebro se adapta melhor”. Ela também acrescentou que a primeira vez em que voltou a se alimentar de animais foi em 2019, quando o ex-marido Liam Hemsworth preparou um churrasco.

Joe Rogan perguntou o que estava acontecendo com o seu cérebro e ela respondeu que se sentia lenta, com cansaço mental, e que agora se sente mais ativa.

Como alguém responsável por 22 animais em sua fazenda em Nashville e 22 em sua casa em Calabasas, ela acrescentou que “não está muito confortável em não ser mais vegana”, mas afirmou que outras pessoas podem ser veganas enquanto ela não pode.

Médico reage às declarações

O médico canadense Matthew Nagra reagiu às declarações de Miley Cyrus destacando que ela não pode afirmar que isso é culpa de uma alimentação sem nada de origem animal.

“A dieta vegana dela é a culpada? Para começar, a fadiga (mental ou física) pode ser causada por uma miríade de problemas, que podem não estar relacionados com a dieta, e não há indicativo de que ela estava procurando atendimento médico”, criticou.

Nagra também enfatizou que voltar a consumir peixe porque supostamente o cérebro precisa de ômega-3 (EPHA/DHA) é uma conclusão equivocada.

“É importante observar que a pesquisa sobre suplementos de ômega-3 (EPA/DHA) e a relação com função cognitiva indica mais benefícios em adultos mais velhos, especificamente. Claro, o peixe é uma fonte desses ômega-3, assim como um suplemento vegano à base de algas”, frisou.

E acrescentou: “Dito isso, não está claro se os veganos precisam de suplementos, uma vez que produzimos EPA e DHA a partir de ômega-3 de cadeia curta (ALA) em alimentos como linhaça e nossos níveis não variam muito em relação aos consumidores de peixes.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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