Ministério do Meio Ambiente terá de explicar morte de mais de 600 animais silvestres em Cetas no RJ

(Foto: Acervo Ibama)

Ontem (1), os deputados Professor Israel Batista (PV-DF) e Célio Studart (PV-CE) enviaram um requerimento de informação ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pedindo explicações sobre a morte de mais de 600 animais silvestres abrigados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Seropédica (RJ) nos últimos quatro meses.

“É uma tragédia ambiental por parte de quem deveria estar recebendo, tratando e reintroduzindo os animais silvestres ali abrigados, oriundos, na maior parte do tráfico de animais silvestres”, lamentam.

Eles destacam no RIC 198/2021 que os Cetas possuem a finalidade de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar esses animais silvestres, com o objetivo maior de devolvê-los à natureza, além de realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão.

“Todavia o que, infelizmente, temos observado é uma total inversão das prioridades e responsabilidades impostas aos Cetas e aos seus gestores, não somente no estado do Rio de Janeiro como também em outras unidades da federação.”

Explicações exigidas de Ricardo Salles

Os deputados citam que as matérias sobre a morte de mais de 600 animais no Cetas de Seropédica (RJ) apontam uma realidade de descaso. “A empresa terceirizada que cuidava do espaço deixou de prestar o serviço no ano passado, tendo sido providenciado um outro contrato, de emergência, também rompido, enquanto os animais firam jogados à própria sorte, vivendo no meio à sujeira e praticamente sem alimentação.”

Entre as respostas cobradas do ministro Ricardo Salles estão quais as providências que estão sendo tomadas para penalização dos servidores e autoridades responsáveis pela morte dos animais.

“No que tange a efetiva apuração de responsabilidades dos funcionários e autoridades eventualmente envolvidas, gentileza encaminhar cópias dos relatórios de sindicância e processos administrativos disciplinares, eventualmente instaurados, face à gravidade dos fatos”, pedem.

Israel Batista e Célio Studart também querem saber quantos animais foram recebidos, tratados, mortos ou reintroduzidos na natureza, por espécie e por mês, nos anos de 2019, 2020 e nos dois primeiros meses de 2021 no Cetas do Ibama no estado do Rio de Janeiro.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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