Nova Zelândia aposta na produção de leite de aveia

“Essa é uma oportunidade muito interessante, já que existe a necessidade de desenvolver uma indústria primária de maior valor agregado” (Foto: Food Ingredients First)

Produtores rurais da província de Southland, na Nova Zelândia, conhecida como uma tradicional região leiteira, estão investindo cada vez mais na produção de aveia visando atender à crescente demanda por leites vegetais.

Agora, em vez de enviarem seus grãos para outros países ou pagarem caro por tecnologia importada, os produtores veem um futuro promissor com a instalação de uma unidade com tecnologia nacional de processamento de leites vegetais que será inaugurada em Invercargill, em Southland, pela New Zealand Functional Foods, criada a partir de uma iniciativa da agência de desenvolvimento regional Greath South.

Outra vantagem da fábrica que deve começar a operar em cerca de 12 a 14 meses é que será neutra em carbono, o que vai ao encontro dos objetivos de sustentabilidade do governo da Nova Zelândia. Além disso, a produção deve ajudar na geração de novos empregos.

“O objetivo é realmente apoiar e desenvolver uma nova indústria no país”, disse o presidente da Functional Foods, Roger Carruthers, à Radio New Zealand (RNZ), acrescentando que eles têm o apoio do Oat Industry Group, que reúne produtores, indústria e varejistas.

“Essa é uma oportunidade muito interessante”

“Isso permitirá que Southland faça uso alternativo da terra, ajudando a apoiar as iniciativas em torno da mudança climática e a lidar com algumas das preocupações em torno da degradação do solo…”, acrescentou Carruthers.

A nova instalação representa um refinamento de uma infraestrutura de cultivo de aveia iniciada há 150 anos na região. O empresário Simon Coley, da marca de leite de aveia All Good, vê a inauguração como um grande passo, já que por falta de tecnologia para produção de leite de aveia no país ele teve de recorrer à Suécia, segundo a RNZ.

“Essa é uma oportunidade muito interessante, já que existe a necessidade de desenvolver uma indústria primária de maior valor agregado. Parece que agora temos as condições perfeitas para isso”, declarou, já deixando claro que a unidade pode ser uma alternativa para ampliar sua produção e mirar o mercado global.

“Acho que as alternativas ao leite vão se tornar cada vez mais prevalentes nas dietas ao redor do mundo”, observou Coley.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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