Quem nunca assistiu alguma das versões do clássico do cinema de terror “O Massacre da Serra Elétrica?”
Nas partes mais pesadas do filme, estamos diante de um matadouro e tudo que acontece lá dentro choca com facilidade os seres humanos porque as vítimas são humanas. Por outro lado, ignoramos que aquela é a realidade ordinária não humana.
Desconsidere a figura aversiva do serial killer e substitua os personagens humanos do filme por animais criados para consumo e você terá uma representação do cotidiano.
Há pessoas penduradas e sendo golpeadas com muita violência, assim como fazemos com bovinos, porcos e aves; e, claro, tendo partes de seus corpos removidas.
O código de comunicação do assassino também parece ser outro e a sua ausência de empatia faz refletir sobre a empatia que negamos aos seres sencientes de outras espécies.
É como se não ouvíssemos os animais, assim como os assassinos em série não ouvissem os seres humanos – porque atribuem a si mesmos o direito de matar pessoas.
Analise alguns discursos de serial killers e você verá que não é difícil perceber que vários deles se referem às suas vítimas como se fossem bovinos e suínos, ou seja, animais vulneráveis.
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