ONG educa crianças para rejeitarem exploração de galgos

Depois de aprender um pouco sobre a realidade desses animais, as crianças têm a oportunidade de conhecê-los de perto e de interagir com eles (Fotos: Guarda Civil Espanhola/Greyhound in Need)

Criados em diversos países para serem usados em corridas que envolvem apostas em dinheiro e também como cães de caça, os galgos, conhecidos como rápidos e ágeis, muitas vezes têm um trágico destino quando já não são considerados bons rastreadores ou bons corredores – abandono ou morte.

Pensando nisso, a organização britânica Greyhound in Need, que se dedica a coibir a exploração desses animais e destiná-los a lares amorosos, decidiu criar um programa educacional para ensinar desde cedo às crianças que os galgos merecem respeito.

“Nos dedicamos ao resgate de galgos ao mesmo tempo em que educamos as crianças sobre a nossa responsabilidade de respeitar e cuidar deles. Trabalhamos com muitos abrigos na Espanha e em outros países que apoiam o trabalho que realizamos, promovendo a adoção de galgos”, informa a organização.

A situação é especialmente delicada na Espanha porque há uma estimativa de que cerca de 50 mil galgos são mortos no país por ano, segundo a organização SOS Galgos. Há cães que são abandonados ou mortos pelos próprios caçadores – com tiros, amarrados em trilhos de trem, enforcados, degolados, queimados vivos ou lançados em poços de onde são incapazes de sair. No país, há 200 mil tutores de galgos responsáveis por até dez animais da raça, e infelizmente não são poucos que são encontrados doentes e feridos.

Por isso o processo de educação sobre a importância dos galgos começa explicando às crianças, por meio de atividades lúdicas, que eles também são animais sencientes e que, assim como nós, desejam levar uma vida que não envolva privação ou nenhum tipo de sofrimento desnecessário.

E depois de aprender um pouco sobre a realidade desses animais, as crianças têm a oportunidade de conhecê-los de perto e de interagir com eles. Dessa forma, segundo a Greyhound in Need, logo elas reforçam o posicionamento de que não gostariam de vê-los sendo submetidos a qualquer tipo de violência ou exploração – mesmo que pareça inofensiva; e ainda compartilham esses ensinamentos com familiares e amigos.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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