Pamela Anderson reprova consumo de carne em campanha contra desperdício de água

Em campanha contra o desperdício de água lançada nos EUA esta semana pela organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), a atriz e ativista canadense Pamela Anderson destaca que para economizar água não basta ficar pouco tempo debaixo do chuveiro, que é preciso fechar também a “torneira” da agropecuária e das indústrias de carne e laticínios.

Para ajudar a reduzir o consumo de água em grande escala e beneficiar o meio ambiente, ela pede que o público “experimente o veganismo”.

“Produzir meio quilo de carne usa tanta água quanto cerca de seis meses de banho”, diz Pamela em referência ao seu uso em todo o processo que envolve a criação, alimentação e abate de animais, além do processamento industrial, até a carne chegar ao prato do consumidor.

“Mesmo com o chuveiro mais antigo e menos ecológico, um banho de dez minutos exige uma média de aproximadamente 40 galões de água. Como isso se compara a criar animais para comer? São necessários quatro milhões de galões de água para produzir uma tonelada de carne bovina.”

Contra o consumo de leite de vaca

Em 2020, Pamela Anderson ofereceu ajuda para o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se tornar vegano, embora não tenha obtido uma resposta. A oferta foi feita após um anúncio em que o governo canadense confirmou investimento equivalente a mais de R$ 500 milhões na produção de proteínas de origem vegetal.

Em 2018, a atriz e ativista manifestou-se contra a indústria de laticínios em uma carta enviada em apoio à Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada no site da PETA.

À época, o então presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu o uso de leite em pó e tentou desqualificar o trabalho da OMS em prol do aleitamento materno, o que acabou gerando controvérsias e sendo interpretado como uma possível estratégia de marketing a favor da indústria de laticínios.

Crueldade contra animais 

Pamela Anderson afirmou que não há nada de natural em dar aos bebês humanos o leite que é destinado aos bezerros – animais que têm quatro estômagos e ganham centenas de quilos em questão de meses. “A compra de fórmulas à base de laticínios também apoia a horrível crueldade contra os animais”, lamentou.

A atriz e ativista acrescentou que as vacas são forçadas a engravidarem várias vezes, e costumam ser privadas dos filhos quando têm apenas um dia de idade. Tudo isso para que os seres humanos possam vender o leite que pertence a um animal de outra espécie. “Inconsoláveis, as vacas choram de luto por dias por causa de seus bezerros”, enfatizou.

Saiba Mais

Segundo a organização Humane Society International, abandonar o consumo de leite pode gerar economia de água equivalente a 328 banhos por ano. Clique aqui para saber mais a respeito.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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