Pandemia não impede crescimento do mercado de queijos veganos

“Espera-se que o desenvolvimento de novos produtos com cultura de microorganismos ofereça oportunidades lucrativas para o mercado nos próximos anos”, informa a Insight Partners (Foto: Katona’s Kreamery)

Mesmo com a pandemia de covid-19 ainda afetando a economia mundial, alguns segmentos têm se destacado por preservar um crescimento que pode ser ampliado nos próximos anos.

Um exemplo é o mercado global de queijos veganos que, segundo uma pesquisa da The Insight Partners, pode alcançar um valor equivalente a R$ 26,32 bilhões até 2027, o que significa aumento de quase 72% em relação aos R$ 15,31 bilhões de 2019.

Esses números têm sido apontados como reflexo de uma mudança de hábitos, com maior interesse dos consumidores por alternativas aos laticínios, principalmente na Europa e América do Norte, que oferecem mais diversidade de produtos e onde há mais consumidores familiarizados com as novas alternativas.

“Há uma demanda crescente por queijos veganos devido à mudança nos padrões alimentares dos consumidores no mundo todo. Espera-se que o desenvolvimento de novos produtos com cultura de microorganismos ofereça oportunidades lucrativas para o mercado nos próximos anos”, informa a Insight Partners.

Mais opções funcionam como estímulo a mudança de hábitos

Hoje os queijos disponíveis no mercado são produzidos principalmente a partir de ingredientes como amêndoas, soja, coco e castanha-de-caju.

“A demanda por produtos alimentícios sem leite, como o queijo vegano, [também] é impulsionada pelo aumento da incidência de alergias e intolerâncias alimentares. A América do Norte vem passando por um aumento da intolerância à lactose, o que favoreceu o crescimento e a expansão do mercado de queijo vegano, e estima-se que cresça ainda mais nos próximos anos.”

A previsão é de que o mercado mantenha uma taxa de crescimento anual composta de 7,1% até 2027. Segundo a empresa de pesquisa de mercado The Insight Partners, com o crescimento desse mercado associado às inovações, a tendência é que os consumidores sintam-se mais motivados a terem uma alimentação sem produtos de origem animal, já que uma queixa comum é a “dificuldade em abdicar do consumo de queijo”.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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