O crescente interesse por alternativas à carne está beneficiando o mercado de proteínas vegetais texturizadas (PVTs). Uma pesquisa da Allied Market Research divulgada na semana passada estima que o mercado deve alcançar um valor equivalente a R$ 11,33 bilhões em 2027.
Isso significa mais do que o dobro em comparação com 2019, quando o mercado fechou o ano avaliado em R$ 5,25 bilhões. “O aumento da população vegana, de pessoas abdicando ou reduzindo o consumo de carne e o crescimento global de consumidores preocupados com a saúde estão impulsionando o mercado global de proteína vegetal texturizada”, frisa a AMR.
O relatório também aponta maior interesse por PVT orgânica e destaca que o mercado pode explorar melhor essa tendência, e que hoje está além da soja, embora a leguminosa continue ocupando posição de destaque.
Segundo a empresa de análise de mercado, durante a pandemia de covid-19 houve maior interesse por esses produtos. “A popularidade da dieta à base de vegetais aumentou durante a pandemia e há mais consumidores evitando o consumo de carne.”
PVT em pedaços, flocos e análogos à carne
A estimativa é de que a oferta de proteínas vegetais texturizadas em restaurantes também contribua para ampliar a taxa de crescimento anual composta do mercado que hoje oferece PVTs em flocos, grânulos e pedaços, entre outros tipos.
“Com base em forma, o segmento de PVTs em pedaços contribuiu com a maior participação global em 2019, respondendo por mais de um terço do mercado de proteína vegetal texturizada, e pode manter a liderança até 2027”, prevê a Allied Market Research.
“Isso se deve a fácil disponibilidade de proteína vegetal texturizada em pedaços através da diversidade de canais de distribuição no mundo todo.”
No entanto, o segmento de flocos também pode alcançar a maior taxa de crescimento anual composta – 11,2% de 2021 a 2027 – o que deve ocorrer em consequência de maior aplicação da versão em análogos à carne – incluindo búrgueres.