Quando temos filhos, gostamos de contar-lhes histórias de amor e respeito pelos animais, de amizade entre as espécies, de narrar histórias sobre a importância da harmonia entre os seres vivos, sobre o respeito a diferentes formas de vida.
Porém, nossa própria realidade e nossos hábitos, mais cedo ou mais tarde, deixam claro que tudo que foi dito ou lido era apenas ficção. Provamos com atitudes que não acreditamos nisso, que não praticamos o que falamos.
As crianças crescem e esquecem o que os pais disseram, e os pais esquecem o que disseram aos filhos. As histórias desaparecem, ou não. Talvez sejam lembradas como artifício jocoso, risível, alegórico ou mesmo insignificante e utópico.
E a vida continua diante de uma mesa em que nos alimentamos de animais e celebramos os nossos, porque nós somos importantes, e os outros existem para nos servir, para serem coadjuvantes de suas próprias vidas.
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