A República Tcheca não é um país que costuma estar nos holofotes quando o assunto envolve alternativas à carne. No entanto, isso não significa que não estão ocorrendo mudanças. Afinal, em 2019, a plataforma HappyCow elegeu a capital Praga como uma das dez melhores cidades da Europa para veganos.
E neste final de ano uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Agricultura da Holanda, que faz parte de uma avaliação de tendências em outros países, apontou que cada vez mais a mídia tcheca tem relacionado o consumo de carne em excesso com problemas de saúde e impacto ambiental. Não por acaso, já que a República Tcheca mantém um alto consumo de carne.
Apesar disso, a pesquisa conduzida pela Agência Skála and Šulc apontou que, dos entrevistados, 42% dos tchecos com 18 a 26 anos estão dispostos a comer menos carne ou a substituí-la por alternativas de origem vegetal. Já em uma avaliação geral, o percentual cai para 33%. A resistência a mudanças alimentares é maior entre os homens – 57%.
Interesse é maior por alternativas aos laticínios
Na República Tcheca, a maior parte dos entrevistados, o que equivale a 68%, quer reduzir o consumo de carne por questões de saúde. Já o percentual que considera uma prioridade a sustentabilidade é de 27% – 50% é formado por jovens da geração Z.
A pesquisa também revela, no geral, que na República Tcheca o interesse por alternativas ao leite tem sido maior do que por alternativas à carne.
“Mesmo que a demanda ainda seja limitada, as maiores redes de varejo na República Tcheca estão respondendo à demanda desenvolvendo suas próprias linhas de produtos.”