Saiba quem são os parlamentares do Podemos que prejudicam os animais

Igor Timo (MG), Rodrigo Coelho (SC), Tiago Dimas (TO), Léo Moraes (RO), Maurício Dziedricki (RS), Raimundo Costa (BA), Ricardo Teobaldo (PE) e Lasier Martins (RS) (Fotos: Agência Câmara/Agência Senado)

O partido Podemos abriga hoje tem pelo menos oito parlamentares na Câmara e no Senado que já votaram a favor de projetos de lei que prejudicam os animais. Além disso, quatro deputados que deixaram o partido também apoiaram pautas nocivas aos animais.

O líder do Podemos hoje na Câmara, Igor Timo (MG), foi um dos apoiadores do Projeto de Lei 8240/2017, do então senador Raimundo Lira (MDB-PB), que deu origem à Lei 13.873/2019, que reconhece o rodeio, a vaquejada e o laço como bens de natureza imaterial do patrimônio cultural brasileiro, visando fortalecer práticas de uso de animais como entretenimento.

Além de Timo, os vice-líderes do Podemos na Câmara, Rodrigo Coelho (SC) e Tiago Dimas (TO) também votaram a favor de rodeios, vaquejadas e provas de laço. Outros parlamentares apoiadores dessas práticas na Câmara são Léo Moraes (RO), Maurício Dziedricki (RS), Raimundo Costa (BA) e Ricardo Teobaldo (PE).

Vale lembrar que Marco Feliciano, Eli Borges e José Medeiros, que hoje estão no Partido Liberal (PL), também votaram a favor do PL 8240/2017, assim como José Nelto, que está no Progressistas (PP). Os quatro eram do Podemos quando apoiaram o PL de Raimundo Lira, aprovado e transformado na Lei 13.873/2019, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

No Senado

No Senado, o nome representativo do Podemos em pautas que prejudicam os animais é Lasier Martins (RS). Sancionadas por Bolsonaro este mês, as leis 14.392/2022 e 14.394/2022, que surgiram a partir de projetos de lei do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), foram aprovadas no Senado após relatórios favoráveis de Martins.

As leis reconhecem a “Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul” como “manifestação cultural”, visando garantir “a livre realização da atividade” que obriga cavalos a percorrerem 750 km em 15 dias.

Também elevada à “manifestação cultural”, o “Freio de Ouro” tem entre suas provas a paleteada, que consiste em soltar um novilho que é perseguido por dois homens a cavalo que prensam o animal. Ou seja, ele fica entre as “paletas” dos equinos. Em outra prova, a esbarrada, o ginete acelera o cavalo por 20 metros e o obriga a realizar uma freada brusca.

A proposição é meritória, à medida que reconhece como manifestação da cultura nacional a tradicional competição Freio de Ouro, enaltece a cultura gaúcha e celebra uma raça equina tão importante para o Brasil: o cavalo crioulo”, alegou o senador.

Além disso, como relator, Lasier Martins aprovou o PL 6575/2019, do deputado Giovani Cherini (PL-RS), que visa reconhecer o rodeio crioulo como “atividade da cultura popular” na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Vale lembrar também que o Projeto de Lei do Senado 357/2018, que propõe a proibição da exportação de gado vivo foi encaminhado para Martins, mas ele ignorou a proposta.

Outra importante lembrança sobre sua atuação política foi seu apoio em 2019 a um relatório à Medida Provisória 867/2018, de Sérgio Souza (MDB-PR), que propôs alterar o Código Florestal Brasileiro, prevendo mais anistia para o desmatamento no Brasil, além de promover redução das reservas legais em alguns biomas como o Cerrado.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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