Tubarão mais rápido do mundo está ameaçado de extinção

“Nossos resultados são alarmantes, embora não surpreendentes” (Foto: Revista Science)

Considerado o tubarão mais rápido do mundo, o tubarão-mako, que chega a mais de 40 km/h, está ameaçado de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.

“Nossos resultados são alarmantes, embora não surpreendentes, porque descobrimos que os tubarões que se desenvolvem lentamente estão desprotegidos da pesca excessiva e tendem a ser os mais ameaçados”, informa a organização.

Atualmente o comércio de barbatanas e de carne de tubarões é o que tem aproximado os tubarões-mako da extinção. Até alguns anos atrás, a espécie havia sido classificada pela IUCN como “vulnerável”, mas a pesca comercial a colocou em situação mais crítica.

De acordo com a organização internacional WildAid, o ser humano é uma ameaça muito maior aos tubarões do que o oposto. Prova disso é a estimativa de que 100 milhões de tubarões são mortos a cada ano no mundo todo.

Suas barbatanas, que são usadas no preparo de sopas em países asiáticos, sob a alegação de que supostamente trazem benefícios à saúde, são cortadas e muitas vezes eles são devolvidos ao mar onde têm uma morte lenta e dolorosa.

O consumo de sopa de barbatanas tem custado a morte de aproximadamente 73 milhões de tubarões por ano; e não há qualquer comprovação dos benefícios apontados pelos defensores desse hábito.

Outro ponto desfavorável é que as toxinas que hoje contaminam os oceanos passam por biomagnificação no organismo dos tubarões, o que significa que o consumo de qualquer parte desse animal pode aumentar o risco de demência e envenenamento por metais pesados como o mercúrio.

Ainda assim, sopas de barbatanas de tubarão continuam a ser servidas em casamentos, restaurantes e reuniões de negócios na Ásia. A WildAid enfatiza que a caça de tubarões é uma grande ameaça ao meio ambiente, já que esses animais são vitais para o equilíbrio dos ecossistemas do oceano.

Os tubarões são apontados por defensores da vida marinha como importantes indicadores da saúde do oceano, assim como os tigres são indicadores de uma floresta saudável e, com o impacto da caça desses animais, os ecossistemas marinhos podem entrar em colapso.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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