Ucrânia está mais próxima de banir testes em animais na indústria cosmética

Há uma estimativa de que mais de 115 milhões de animais no mundo todo são usados em experimentos laboratoriais todos os anos (Foto: Reprodução)

A Ucrânia está mais próxima de banir os testes em animais na indústria cosmética. Na semana passada, o Ministério da Saúde iniciou uma consulta pública em sua página para saber o que os ucranianos acham da proibição e a maioria tem concordado, qualificando a prática como cruel e desnecessária.

A ministra da saúde, Ulana Supran, explicou que no novo projeto de regulamentação técnica para a comercialização de produtos cosméticos, além da proibição dos testes em animais, a lista de ingredientes proibidos deve ser três vezes maior do que a atual. A iniciativa também é uma forma de se adequar às exigências da União Europeia.

Assim que o projeto for regulamentado, as empresas que ainda realizam testes em animais terão um prazo de transição para se adequarem. Entre os recursos disponíveis que podem substituir os testes em animais estão as novas tecnologias que envolvem triagem de alta produtividade, modelos computacionais e chips baseados em cultura de células e tecido humano artificial.

Atualmente os ucranianos estão se preocupando mais com a crueldade contra animais, inclusive realizando campanhas em oposição à caça e à violência contra animais abandonados. Além disso, o parlamento ucraniano atualmente está avaliando alguns projetos de lei de proteção animal.

Saiba Mais

Há uma estimativa de que mais de 115 milhões de animais no mundo todo são usados em experimentos laboratoriais todos os anos. E o total pode ser um pouco mais elevado porque nem todos os países coletam e publicam dados referentes ao uso de animais em pesquisas, de acordo com a organização Humane Society International (HSI).

Organizações que fazem oposição ao uso de animais como cobaias apontam que além do sofrimento físico e psicológico imposto aos animais, os testes consomem muito tempo e recursos, além de restringir o número de substâncias que podem ser testadas. Os experimentos também são criticados por fornecerem uma compreensão muito limitada de como as substâncias químicas se comportam no corpo.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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