Universidade de Helsinque vai banir carne vermelha do cardápio

Carne vermelha será removida do cardápio em fevereiro de 2020 (Foto: (Markku Ulander – Lehtikuva)

A Universidade de Helsinque, considerada a maior e mais antiga instituição de ensino superior da Finlândia, anunciou esta semana que vai banir a carne vermelha do cardápio a partir de fevereiro de 2020, estimulando principalmente o consumo de fontes de proteínas de origem vegetal. Reconhecendo o impacto da agropecuária, a intenção é reduzir sua pegada de carbono em 11% ao ano, para minimizar sua contribuição à crise climática.

“A ideia surgiu enquanto pensávamos em nossa próxima ação de responsabilidade [ambiental]”, explicou Leena Pihlajamäki, diretora de operações da UniCafe ao canal de mídia YLE.

“Percebemos que essa é uma maneira de reduzir significativamente nossas emissões de dióxido de carbono. Estudos mostram que é uma das maneiras mais eficazes. A meta é ambiciosa, mas está longe de ser impossível”, avalia Leena. O UniCafe, que é responsável por todas as refeições oferecidas pela Universidade de Helsinki, serve 10 mil refeições só no almoço.

Em setembro, a Universidade de Cambridge, situada no leste da Inglaterra, anunciou que já está reduzindo suas emissões de carbono tirando a carne vermelha do cardápio. Com um compromisso iniciado em 2016, a instituição começou a oferecer mais opções de pratos à base de plantas, incluindo diversidade de proteínas de origem vegetal.

De lá pra cá, a medida que foi implementada como parte da Política de Alimentos Sustentáveis de Cambridge, já representa um corte de emissões de carbono de 10,5% e envolve a oferta de alimentos em 14 pontos de venda e em mais de 1,5 mil eventos realizados anualmente pelo serviço de catering da instituição (UCS).

Dados da instituição coletados pelo jornal britânico The Independent revelam que a mudança já trouxe uma redução de 33% nas emissões de carbono por quilograma de alimento e redução de 28% no uso de terra por quilo de alimento.

“As opções veganas e vegetarianas também foram estrategicamente disponibilizadas na cantina a fim de estimular os clientes a comprá-las em vez das demais opções”, enfatiza o Independent.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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