Acompanhado da bancada ruralista, o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso voltado ao segundo turno da eleição, no próximo dia 30, em que criticou a defesa do meio ambiente no Brasil.
Em um vídeo com duração de 23 minutos disponível no YouTube, ele discursa rodeado de apoiadores como a ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS), eleita senadora, e o presidente da bancada ruralista e deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), além de outros membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Segundo Bolsonaro, não existe uma ameaça ao meio ambiente no Brasil, e sim ao agronegócio. Ele é contra a ideia de colocar algum ambientalista ou profissional atuante na defesa ambiental no Ministério do Meio Ambiente.
“Qual xiita vai para o [Ministério do] Meio Ambiente? Inclusive, se você for ver o Lula quando aceitou o apoio da Marina [Silva], o acordo que foi feito, veja o que foi assinado no tocante ao meio ambiente e ao agronegócio. É só regularização. É só Estado, Estado, Estado. E nós sabemos que o bom Estado é aquele que praticamente não existe”, diz.
Vale lembrar que Tereza Cristina, do Progressistas e eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul, é autora do PL 10556/2018, que visa proibir o uso comercial do termo “leite” para produtos vegetais. Tereza Cristina acrescenta que queijos e derivados, manteiga, leite condensado, requeijão, creme de leite, bebidas lácteas, doce de leite, leites fermentados, iogurte, coalhada, cream cheese são termos que só devem ser associados comercialmente a produtos de origem animal.
Já o presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), foi o responsável pelo relatório à Medida Provisória 867/2018, que propôs alterar o Código Florestal Brasileiro, prevendo mais anistia para o desmatamento no Brasil, ameaçando ainda mais a vida silvestre, além de promover redução das reservas legais em alguns biomas como o Cerrado.
Em 2019, ele criticou a campanha internacional The Million Dollar Vegan, quando a iniciativa convidou o Papa Francisco a experimentar uma dieta livre de alimentos de origem animal durante a Quaresma. Caso tivesse aceitado o convite, o papa poderia escolher uma instituição de caridade para receber um milhão de dólares. Souza, que se identifica como católico praticante, definiu o convite como “uma “investida de militância política pelo veganismo”.
“Não sou contra o veganismo ou qualquer ativismo para uma alimentação mais saudável. Mas sou contra campanhas como essa, que faz um desafio, até mesmo imoral, ao chefe da Igreja”, alegou.
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