O cenário brasileiro de produção de alternativas aos alimentos de origem animal está mudando ano a ano. Quem acompanha as novidades que surgem no mercado reconhece as mudanças na indústria alimentícia, bastando avaliar a disponibilidade de produtos nos supermercados em comparação com cinco anos atrás, por exemplo.
“No Brasil, o ambiente industrial já se encontra bastante evoluído, com as principais indústrias de alimentos oferecendo proteínas alternativas em seu portfólio”, diz o diretor de políticas públicas do The Good Food Institute, Alexandre Cabral.
Ele frisa que no ambiente regulatório o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está desenvolvendo uma política nacional sobre sistemas alimentares contemporâneos que inclui as proteínas alternativas.
“Do ponto de vista mais operacional, ligado às estruturas de registro e inspeção, tanto o Mapa quanto a Anvisa estão mobilizados no debate da configuração desta estrutura regulatória”, afirma Cabral.
“GFI Brasil está colaborando ativamente em todas estas frentes”
O diretor de políticas públicas do GFI cita a Tomada Pública de Subsídios, criada para embasar os reguladores a partir das impressões da sociedade e do mercado sobre os elementos necessários para o marco regulatório.
Ele explica que em relação à carne cultivada, por exemplo, os agentes reguladores recebem um conjunto de informações de caráter científico, ao mesmo tempo em que estão dialogando com seus colegas do exterior numa troca de experiências visando definir o perfil do marco regulatório brasileiro para o setor.
“O GFI Brasil está colaborando ativamente em todas estas frentes, conectando os atores nacionais e internacionais para um ambiente de negócios competitivo e favorável à inovação”, garante.
