O sofrimento animal em experiências laboratoriais

Camundongos e macacos são condicionados a uma vida de privação e sofrimento (Fotos: GI/SS)

Camundongos são os animais mais usados em experiências laboratoriais, e estão excluídos da maioria das leis de proteção animal. Em laboratórios de diversas partes do mundo, milhões desses animais sencientes e sociais são abusados em testes toxicológicos, em experiências que envolvem queimaduras e condicionamento psicológico e emocional.

Há estudos que apontam inclusive semelhanças entre camundongos, cães e gatos. Além disso, são capazes de arriscar suas vidas para salvar seus companheiros. Outra informação pouco conhecida e relevante é que há animais usados em vivissecção e outros testes que são capturados na natureza.

Ou seja, são afastados de suas famílias ainda bebês e enviados para viver em confinamento até o momento em que são encaminhados para os laboratórios. Exemplo dessa realidade são os macacos.

Vida nos laboratórios é terrível para os animais

Há casos em que são condicionados a se reproduzirem, assim mantendo um constante fornecimento de bebês para os laboratórios. Acredita-se que as Filipinas lideram a exportação mundial de macacos com essa finalidade.

Porém, se isso é um grande investimento nas Filipinas, isso significa que esse mercado só existe porque há pessoas dispostas a pagar por esses animais. Porém, nenhum laboratório pagaria por eles se não houvesse um mercado consumidor dos produtos testados nesses seres sencientes.

Para se ter uma ideia de como a vida nos laboratórios é terrível para os macacos, já foram registrados casos em que esses animais foram mantidos confinados em gaiolas com seus companheiros mortos. Além disso, quando os macacos enlouquecem em decorrência da privação prolongada, há situações extremas em que eles chegam a se matar ou matam seus companheiros.

Financiamos esse mercado por meio do consumo

Resumindo, se usamos produtos testados em animais, estamos financiando esse mercado que tira animais de seu habitat, de suas famílias, e os condiciona à reprodução mecânica e uma vida de privação. Ou seja, a sofrer o máximo possível até morrer.

Surpreendente também é considerarmos que já foi comprovado que esses testes não são muito eficazes, principalmente porque a composição biológica desses animais difere substancialmente da nossa.

Não é preciso ser nenhum cientista para perceber isso, embora seja fácil encontrar estudos científicos que endossem que tal prática não é realmente necessária. Mais do que nunca, há provas de que experiências com animais são pouco eficazes quando se trata de avanços no que diz respeito à saúde humana e à medicina. Além disso, há alternativas que dispensam o uso de animais vivos.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *