Um relatório divulgado neste início de outubro pela rede de investimentos Fairr destaca que 2021 é “o ano da carne cultivada”.
O motivo é que a produção de carne livre de abate atingiu um recorde de investimentos – US$ 506 milhões somente no primeiro semestre deste ano.
Isso significa um crescimento de mais de 20% em relação a 2020 e de seis vezes mais em comparação com 2016.
Além disso, segundo o relatório “Appetite for Disruption: The Last Serving”, o interesse dos investidores em alternativas às proteínas de origem animal disparou – crescendo 1300% no comparativo com 2016.
Hoje uma das empresas de maior destaque em carne cultivada é a Eat Just, que recebeu o maior volume de investimentos – US$ 267 milhões.
A marca lançou sua carne cultivada em Singapura no final de 2020 e este ano começou a comercializá-la em alguns estabelecimentos selecionados por meio de food service.
Crescimento, paridade e documentário
Um relatório da Polaris Market Research publicado este ano estima que até 2028 o mercado de carne cultivada terá uma taxa de crescimento anual composta de 14,8%, o que tem sido impulsionado pelo rápido desenvolvimento da agricultura celular.
“Além disso, as crescentes preocupações relacionadas ao bem-estar animal e à sustentabilidade [também] devem impulsionar esse crescimento”, avalia a PMR.
A startup chinesa CellX divulgou no mês passado que pretende garantir a paridade de preço de sua carne cultivada suína com a versão convencional até 2025.
Vale lembrar também que o desenvolvimento da carne cultivada é tema do documentário “Meat the Future”, de Liz Marshall, que tem produção executiva do músico vegano Moby e narração da primatologista Jane Goodall.
O filme discute o presente e o futuro dessa proteína alternativa a partir do trabalho do cardiologista e empreendedor Uma Valeti à frente da Upside Foods (ex-Memphis Meats).
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