Embora já tenha sido proibida nos Estados Unidos, Itália, França, Argentina e Uruguai, a corrida de galgos no Brasil ainda não tem previsão de fim.
No país a prática é reprovada tanto por ativistas da causa animal quanto por cidadãos sem envolvimento com o ativismo, mas que veem nesse tipo de corrida uma atividade que exige demais dos galgos, incorrendo em abusos físicos e psíquicos.
Em reação a essa realidade, há uma proposta na Câmara, de autoria do deputado Ricardo Izar (PP-SP), que defende o banimento da prática. No entanto, o PL 1441/2019 foi apensado a outro projeto que hoje integra o PLS 470/2018, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que visa elevar a pena de maus-tratos aos animais.
Para piorar, o Projeto de Lei do Senado não tramita no Congresso há quase um ano, o que o torna ainda mais distante de um cenário em que os galgos não sejam mais utilizados como meio de entretenimento.
“Um esporte deve ser entendido como uma atividade em que existe envolvimento voluntário de seus participantes, algo que não ocorre quando há submissão compulsória de animais não humanos”, argumenta Izar no PL 1441/2019, que agora depende do andamento do projeto de Randolfe Rodrigues.
O movimento Galgo Livre Brasil pede apoio há anos contra a corrida de galgos, denunciando que os animais costumam desenvolver problemas musculares, ósseos e articulares em decorrência do treinamento e das corridas.
Além disso, quando esses animais já não são vistos como bons corredores, é comum o abandono. Também há relatos de testemunhas residentes em Minas Gerais e no Sul do Brasil de que é comum manter os galgos confinados no escuro por longos períodos.
O motivo é que isso faz com que acumulem muita energia, fiquem ansiosos e em estado de alerta quando são libertados – o que é visto como uma “vantagem” por quem usa esses animais em corridas ou caçadas.
Outras imposições apontadas incluem treinamento em que os galgos, também conhecidos como greyhounds, são presos a correias e obrigados a correrem ao lado de carros sob sol escaldante. Também são condicionados a percorrerem linhas retas por centenas de metros atrás da chamada “bruxa”, que consiste em um pedaço de pano com cheiro ou pedaço de pele de lebre morta.
Você pode contribuir contra a corrida de galgos assinando uma petição do movimento Galgo Livre Brasil – clique aqui.
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